quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
O Silêncio pesa-me toneladas, como já aqui (que me é tão perto) disse.
tem um tom escuro, daí eu sempre preferir, O sépia. faz-me sorrir, até agora ou Agora talvez, me fez, "não sei", "não sei bem". independentemente de Hoje ser hoje ou Não, sempre me teve uma carga final, sempre preferi, e ainda prefiro, A/amanhã. talvez por ser mais sépia, "não sei", "não sei bem", mas cada vez que penso, em sépia, cerro os olhos, criancices, coisas que ficam, talvez, "não sei".
hoje visto o meu manto de estrelas, que tinha guardado, ontem, naturalmente, talvez, "não sei".
para então montanhamente pisar o mundo, como o hoje não poderia deixar de ser.
junto aqui (pois é sempre mais perto) a minha cidade de barcos, a este (que me toca) jardim e ordeno-lhes então que comecem a cantar,
transformo todos os pássaros em peixes e os peixes em touros,
para que então. me rasguem o céu.
este blog. acabou
tem um tom escuro, daí eu sempre preferir, O sépia. faz-me sorrir, até agora ou Agora talvez, me fez, "não sei", "não sei bem". independentemente de Hoje ser hoje ou Não, sempre me teve uma carga final, sempre preferi, e ainda prefiro, A/amanhã. talvez por ser mais sépia, "não sei", "não sei bem", mas cada vez que penso, em sépia, cerro os olhos, criancices, coisas que ficam, talvez, "não sei".
hoje visto o meu manto de estrelas, que tinha guardado, ontem, naturalmente, talvez, "não sei".
para então montanhamente pisar o mundo, como o hoje não poderia deixar de ser.
junto aqui (pois é sempre mais perto) a minha cidade de barcos, a este (que me toca) jardim e ordeno-lhes então que comecem a cantar,
transformo todos os pássaros em peixes e os peixes em touros,
para que então. me rasguem o céu.
este blog. acabou
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
domingo, 22 de novembro de 2009
i feel all the things i do all the things i feel all the things i do all the things i feel all the things i do all the things i feel all the things i do all the things i feel all the things i do all the things i feel all the things i do all the things i feel all the things i do all the things i feel all the things i do all the things i feel all
the things
i do all
the things i feel
i do
all the things
i feel i do
all
the things
i
feel
estou assim desde 5ª, Obrigado
the things
i do all
the things i feel
i do
all the things
i feel i do
all
the things
i
feel
estou assim desde 5ª, Obrigado
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
domingo, 15 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
ele - "mas vais por esse caminho de novo? "
ela - "não sei. mas para onde queres que vá?"
Ele fica em #00000, ou; silêncio, ela #ed1c24 ou; silêncio que deixa rasto. Aquela que tinha como exemplo de construção, desabava-se/o. Desde muito, e por ela desde algum tempo então, que estava motivado em solidificar, evitar detritos. E por ela, dá por ele de novo a geometrizar. Sabe que o errado e o certo são apenas questões, logo subjectividades, portanto nem ousa acrescentar culpas, pois subjectividade + mundanalidades = #aabbcc, que é aquela cor que não aquece nem arrefece. Então, e caso o é, o de fugir, ambos o fazem, maneira mente.
Agora percebe-a, a ela, sim. mas perdeu-se/a.
(a cabeça está onde o coração a quer.)
ela - "não sei. mas para onde queres que vá?"
Ele fica em #00000, ou; silêncio, ela #ed1c24 ou; silêncio que deixa rasto. Aquela que tinha como exemplo de construção, desabava-se/o. Desde muito, e por ela desde algum tempo então, que estava motivado em solidificar, evitar detritos. E por ela, dá por ele de novo a geometrizar. Sabe que o errado e o certo são apenas questões, logo subjectividades, portanto nem ousa acrescentar culpas, pois subjectividade + mundanalidades = #aabbcc, que é aquela cor que não aquece nem arrefece. Então, e caso o é, o de fugir, ambos o fazem, maneira mente.
Agora percebe-a, a ela, sim. mas perdeu-se/a.
(a cabeça está onde o coração a quer.)
domingo, 27 de setembro de 2009
domingo, 20 de setembro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
terça-feira, 15 de setembro de 2009
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
sábado, 15 de agosto de 2009
De saída
acho que é nesse autocarro que vais. onde espero pelo rasgar dos botões no abismo do tecido. e a estrada roda e morde como se estivesses aqui. e o braço dói, como tu sabes, quando o tempo muda. acho que é nesse autocarro que vais. e fico a pensar se me ouves quando por nada dizer tudo se conhece. acho mesmo que é nesse autocarro que vais. mas se não for não importa. a verdade há-de falar da generosidade do brilho. ficas agora a pensar se é nesse autocarro que vais. e digo-te que não. a estrada é pelo caminho mais curto onde as mãos são carvão de lápis a descobrir permanências. não penses que é nesse autocarro que vais.
eu também não.
Maria Quintans
acho que é nesse autocarro que vais. onde espero pelo rasgar dos botões no abismo do tecido. e a estrada roda e morde como se estivesses aqui. e o braço dói, como tu sabes, quando o tempo muda. acho que é nesse autocarro que vais. e fico a pensar se me ouves quando por nada dizer tudo se conhece. acho mesmo que é nesse autocarro que vais. mas se não for não importa. a verdade há-de falar da generosidade do brilho. ficas agora a pensar se é nesse autocarro que vais. e digo-te que não. a estrada é pelo caminho mais curto onde as mãos são carvão de lápis a descobrir permanências. não penses que é nesse autocarro que vais.
eu também não.
Maria Quintans
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
"Um Rato Modesto"
Well! Well!Well!Well!
We spun like birds on fire
Right down towards the residence, and I
I took all that I desired
Even crooks have to pay the rent
We swam like rats on fire
Right, right down the reservoir
We took all that we could carry
But we tried to carry more
And you know, you know, you know it all went wrong
And you know, you know, you know it was all wrong
We choked on street tap water
Well, I'm going to have to try the real thing
I took your laugh by the collar
And it knew not to swing
Any time I tried an honest job
Well, the till had a hole and ha-ha
We laughed about paying rent
Because the county jails, they're free
And you know, you know, you know it all went wrong
And you know, you know, you know it was all wrong
Deep water, deep water
Senseless denial
I went down like a rag doll as you would, child
Deep water, deep water
Senseless denial
I went down like a rag doll as you would, child
Oh, lucky, lucky, lucky, lucky me again.
I said it looks like I've got to use my feet again
Well I just spent my last one hundred dollars
God, I'll pay my bill again
Oh, I don't care
Oh, how I just don't care
Deep water, deep water
Senseless denial
I went down like a rag doll, shooken and shy
Deep water, deep water
Senseless denial
I went down like a rag doll rat of a child
Well, King Rat has me on his list again
I can never be on the fence again
I found out it's all loud
Open like an organ and it
Talk, talk, talk, talk again
He promised me that when I cheated him
But I could open my eye, well
Lucky, lucky, lucky, lucky, lucky
Lucky, lucky, lucky, lucky, lucky me again
Deep water, deep water
This senseless denial
I got fed like a fish, full of open smiles
Blue water, deep water
Oh, senseless denial
I got fed like a fish on the cardboard smiles
Well, well
What do you have to say for yourself?
I said, well, well
Well?
I said well, well, well, well!
Lucky, lucky, lucky, lucky me again
I hardly knew I should use my feet again
What do you have to say for yourself?
What do you have to say for yourself?
Modest Mouse, King Rat
Juro que queria,
ou gostava muito vá,
que alguém me cantasse isto
como istmo
e ao ouvido
Juro
Well! Well!Well!Well!
We spun like birds on fire
Right down towards the residence, and I
I took all that I desired
Even crooks have to pay the rent
We swam like rats on fire
Right, right down the reservoir
We took all that we could carry
But we tried to carry more
And you know, you know, you know it all went wrong
And you know, you know, you know it was all wrong
We choked on street tap water
Well, I'm going to have to try the real thing
I took your laugh by the collar
And it knew not to swing
Any time I tried an honest job
Well, the till had a hole and ha-ha
We laughed about paying rent
Because the county jails, they're free
And you know, you know, you know it all went wrong
And you know, you know, you know it was all wrong
Deep water, deep water
Senseless denial
I went down like a rag doll as you would, child
Deep water, deep water
Senseless denial
I went down like a rag doll as you would, child
Oh, lucky, lucky, lucky, lucky me again.
I said it looks like I've got to use my feet again
Well I just spent my last one hundred dollars
God, I'll pay my bill again
Oh, I don't care
Oh, how I just don't care
Deep water, deep water
Senseless denial
I went down like a rag doll, shooken and shy
Deep water, deep water
Senseless denial
I went down like a rag doll rat of a child
Well, King Rat has me on his list again
I can never be on the fence again
I found out it's all loud
Open like an organ and it
Talk, talk, talk, talk again
He promised me that when I cheated him
But I could open my eye, well
Lucky, lucky, lucky, lucky, lucky
Lucky, lucky, lucky, lucky, lucky me again
Deep water, deep water
This senseless denial
I got fed like a fish, full of open smiles
Blue water, deep water
Oh, senseless denial
I got fed like a fish on the cardboard smiles
Well, well
What do you have to say for yourself?
I said, well, well
Well?
I said well, well, well, well!
Lucky, lucky, lucky, lucky me again
I hardly knew I should use my feet again
What do you have to say for yourself?
What do you have to say for yourself?
Modest Mouse, King Rat
Juro que queria,
ou gostava muito vá,
que alguém me cantasse isto
como istmo
e ao ouvido
Juro
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
quarta-feira, 17 de junho de 2009
o viajante (antes de morrer) decide avisar os pretendentes a viajantes *1
O viajante sabe que a razão da viagem se deve ao coeficiente de atrito cinético ser menor que o coeficiente de atrito estático, e que para o coeficiente do primeiro seja constante a velocidade da viagem deve manter-se entre os 1cm/s e os diversos m/s. Sabe que a força do atrito está sempre na direcção contrária do movimento ou tendência do movimento. Sabe também que ambos os coeficientes dependem da natureza das superfícies em contacto, e são independentes da área de contacto, portanto é necessário evitar ter frio sobre frio, ser de ferro sobre ferro e juntas humanas.
O viajante sabe que a razão da viagem se deve ao coeficiente de atrito cinético ser menor que o coeficiente de atrito estático, e que para o coeficiente do primeiro seja constante a velocidade da viagem deve manter-se entre os 1cm/s e os diversos m/s. Sabe que a força do atrito está sempre na direcção contrária do movimento ou tendência do movimento. Sabe também que ambos os coeficientes dependem da natureza das superfícies em contacto, e são independentes da área de contacto, portanto é necessário evitar ter frio sobre frio, ser de ferro sobre ferro e juntas humanas.
terça-feira, 16 de junho de 2009
como de o (substantivo) a a (adjectivo) vai um passo (de saudade):
Incontornavelmente a saudade faz com que o viajante, se vire.
As pedras que a sua mãe cautelosamente lhe aconselhou como substituto dos bocados de pão outrora utilizados por incautos jovens nos bosques, marcam o caminho ainda fresco dos seus passos. Segue-as, até que pára. Aí, a paragem ganha forma, corpo, espaço e nome; O s.f. meio de. A semelhança torna-se óbvia, tanto para trás de onde veio ou para trás para onde vai, é um retrocesso; adj. tormenta para qualquer individuo que partiu de.
O viajante encontra-se então no ponto de balanço, de não retorno, a meio caminho.
só lhe resta morrer.
Incontornavelmente a saudade faz com que o viajante, se vire.
As pedras que a sua mãe cautelosamente lhe aconselhou como substituto dos bocados de pão outrora utilizados por incautos jovens nos bosques, marcam o caminho ainda fresco dos seus passos. Segue-as, até que pára. Aí, a paragem ganha forma, corpo, espaço e nome; O s.f. meio de. A semelhança torna-se óbvia, tanto para trás de onde veio ou para trás para onde vai, é um retrocesso; adj. tormenta para qualquer individuo que partiu de.
O viajante encontra-se então no ponto de balanço, de não retorno, a meio caminho.
só lhe resta morrer.
domingo, 14 de junho de 2009
...
When I see me in your heart
I just want to go blind
When I build coffin worlds with words
I just want a place to hide when old guests meet new regrets
My daylight fades to grey when our days bring guilt and shame
My heart turns black
These are my tombs painted black and blue
These are my tombs painted just for you
Goodnight, goodnight
Dear goodbye
Black rose, be my light in the darkest of days
Be my heart in the darkest of nights
Be my heart
converge - grim heart/black rose
When I see me in your heart
I just want to go blind
When I build coffin worlds with words
I just want a place to hide when old guests meet new regrets
My daylight fades to grey when our days bring guilt and shame
My heart turns black
These are my tombs painted black and blue
These are my tombs painted just for you
Goodnight, goodnight
Dear goodbye
Black rose, be my light in the darkest of days
Be my heart in the darkest of nights
Be my heart
converge - grim heart/black rose
quinta-feira, 11 de junho de 2009
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Uma bala de mel que penetrou o peito da estátua. Que furou pelo pescoço e inundou o crânio. Que adoçou os lábios. Que contaminou os olhos.
A loucura é a máxima pretensão cardíaca. Induzi-la por letras é um artefacto muito raro. Requer mãos que sejam simultaneamente patas, barbatanas, periscópios em crateras de vulcão, aquários intactos nos escombros de um terramoto.
A loucura não é uma conclusão de sofá, um apontamento da inteligência.
Todos os equívocos nascem da distinção entre poema e poeta. Como entre poema e leitor. Como entre poeta e leitor. Acordar é abrir um livro de poemas. Adormecer é abrir um outro livro de poemas.
Ervas que se queimam por contacto com o corpo, vapor de suor num cachimbo. A poesia é o único tóxico que negoceia vida.
Tudo o que pode ser visto, escutado, inspirado, provado, tocado, forma a placenta cinco vezes real que treme. Só há, portanto, um alimento: a imanência. O acto sexual é a abertura de um poço de líquido amniótico.
Creio que o amor está sujeito ao Princípio da Incerteza de Heisenberg: quanto mais sabemos da sua velocidade, menos sabemos da sua posição, e vice-versa. O amor é, por isso, todas as graduações de velocidade e posição.
Reforço o que disse anteriormente: se um poema não tomou de assalto um homem, das duas uma: ou não era poema, ou não era um homem. Resolver em sede de tribunal. Ou na rua.
O único veneno é a saúde de ferro, sem uma febrezinha sequer para compor o coração.
Vasco Gato
A loucura é a máxima pretensão cardíaca. Induzi-la por letras é um artefacto muito raro. Requer mãos que sejam simultaneamente patas, barbatanas, periscópios em crateras de vulcão, aquários intactos nos escombros de um terramoto.
A loucura não é uma conclusão de sofá, um apontamento da inteligência.
Todos os equívocos nascem da distinção entre poema e poeta. Como entre poema e leitor. Como entre poeta e leitor. Acordar é abrir um livro de poemas. Adormecer é abrir um outro livro de poemas.
Ervas que se queimam por contacto com o corpo, vapor de suor num cachimbo. A poesia é o único tóxico que negoceia vida.
Tudo o que pode ser visto, escutado, inspirado, provado, tocado, forma a placenta cinco vezes real que treme. Só há, portanto, um alimento: a imanência. O acto sexual é a abertura de um poço de líquido amniótico.
Creio que o amor está sujeito ao Princípio da Incerteza de Heisenberg: quanto mais sabemos da sua velocidade, menos sabemos da sua posição, e vice-versa. O amor é, por isso, todas as graduações de velocidade e posição.
Reforço o que disse anteriormente: se um poema não tomou de assalto um homem, das duas uma: ou não era poema, ou não era um homem. Resolver em sede de tribunal. Ou na rua.
O único veneno é a saúde de ferro, sem uma febrezinha sequer para compor o coração.
Vasco Gato
terça-feira, 2 de junho de 2009
segunda-feira, 1 de junho de 2009
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Entimema
Nuno depois de 4horas de sono, continuo o que este nos interrompeu;
O apaixonado é um ladrão irremediável,
como tal; furta o apaixonante imperceptivelmente,
até que; quando este se apercebe,
já está nu.
logo;
paixão
s.f.
nevrose mental em que predomina o desejo irresistível de furtar
então;
amor
adj.
nu
será isto?
Nuno depois de 4horas de sono, continuo o que este nos interrompeu;
O apaixonado é um ladrão irremediável,
como tal; furta o apaixonante imperceptivelmente,
até que; quando este se apercebe,
já está nu.
logo;
paixão
s.f.
nevrose mental em que predomina o desejo irresistível de furtar
então;
amor
adj.
nu
será isto?
segunda-feira, 25 de maio de 2009
domingo, 24 de maio de 2009
nem a vida é mensurável nem viver é uma tarefa
hoje sento-me à entrada desta casa em permanente construção.
sentado a coisa torna-se sempre mais fácil, daí não ter sido preciso muito tempo de reflexão para me aperceber, que a coisa continua na mesma desde a ultima vez que aqui me sentei,
o rio continua a saber o seu rumo,
e eu sem saber o rumo à coisa.
e é uma coisa estúpida quando digo;
vou-te desperdiçar porque não te sei aproveitar.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
terça-feira, 19 de maio de 2009
as mais sinceras desculpas
eu admito;
sou meio culpado (ou sustenido de culpado, como quiserem).
Desculpem pessoas residentes ou transeuntes no horário 09h.15min. a 09h.46min. na/pela paragem do autocarro nº6 de Algés, pelas minhas danças matinais/movimentos corporais ofensivos.
mas caramba, não é fácil!
é muito cedo! e o pé rebelde, o ombro malandro, e a mão direita travoltiana que se levanta acompanhada do movimento másculo de cintura jacksonesca, são indomáveis quando o cérebro ainda está dormente...
mas tenho cãibras às 09h50min.! ahh! as cãibras já não vos interessa, não é.
injustos.
eu admito;
sou meio culpado (ou sustenido de culpado, como quiserem).
Desculpem pessoas residentes ou transeuntes no horário 09h.15min. a 09h.46min. na/pela paragem do autocarro nº6 de Algés, pelas minhas danças matinais/movimentos corporais ofensivos.
mas caramba, não é fácil!
é muito cedo! e o pé rebelde, o ombro malandro, e a mão direita travoltiana que se levanta acompanhada do movimento másculo de cintura jacksonesca, são indomáveis quando o cérebro ainda está dormente...
mas tenho cãibras às 09h50min.! ahh! as cãibras já não vos interessa, não é.
injustos.
sexta-feira, 15 de maio de 2009
quinta-feira, 14 de maio de 2009
quarta-feira, 13 de maio de 2009
terça-feira, 12 de maio de 2009
terça-feira, 5 de maio de 2009
segunda-feira, 4 de maio de 2009
domingo, 26 de abril de 2009
quinta-feira, 16 de abril de 2009
123 macaquinho do chinês
Digo isto com a mesma confiança que hoje pendurei o saco na pega do chapéu e dei uns quantos saltos cheios de aparato hollywoodesco, e, no enquanto (que é aquele período pós-suspensão/pré-queda que naturalmente é passado em câmara lenta), acabei comigo, ao contar os saltos que ficaram, no meio, por dar. Caí pusilânime, e no flashback pós-bater-de-cabeça-na-calçada lembrei-me do quando, aquele quando me ensinaram que o todo não equivale à mera soma das partes, e o que em termos de justiça é um picotado para futuro decalque, matematicamente figura-se numa perna curta para grandes corridas.
Levanto-me e concluo:
destroços; são a conclusão dimanada das premissas,
mas por sua vez, destroço; é a consequência da guerra de palavras em boca alheia,
e que ao amor,
ao amor é o silêncio que assola.
Digo isto com a mesma confiança que hoje pendurei o saco na pega do chapéu e dei uns quantos saltos cheios de aparato hollywoodesco, e, no enquanto (que é aquele período pós-suspensão/pré-queda que naturalmente é passado em câmara lenta), acabei comigo, ao contar os saltos que ficaram, no meio, por dar. Caí pusilânime, e no flashback pós-bater-de-cabeça-na-calçada lembrei-me do quando, aquele quando me ensinaram que o todo não equivale à mera soma das partes, e o que em termos de justiça é um picotado para futuro decalque, matematicamente figura-se numa perna curta para grandes corridas.
Levanto-me e concluo:
destroços; são a conclusão dimanada das premissas,
mas por sua vez, destroço; é a consequência da guerra de palavras em boca alheia,
e que ao amor,
ao amor é o silêncio que assola.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
sexta-feira, 3 de abril de 2009
quinta-feira, 2 de abril de 2009
terça-feira, 31 de março de 2009
Twitter
31 de Março;
4 da manhã e quarto arrumado.
31 de Março;
8.30 da manha e alergia
31 se Março;
9.30 da manha e alergia
31 de Março;
11.30 da manha alergia
31 de Março;
14.00 da tarde, alergia e esplanada do mercado de queijas
31 de Março;
17.00 da tarde e alergia
31 de Março;
21.30 da noite, alergia e cuzcuz
31 de Março;
23.00 alergia e star wars
32 de Março;
02.00 da noite, alergia e uma cerveja para o Nuninho.
31 de Março;
4 da manhã e quarto arrumado.
31 de Março;
8.30 da manha e alergia
31 se Março;
9.30 da manha e alergia
31 de Março;
11.30 da manha alergia
31 de Março;
14.00 da tarde, alergia e esplanada do mercado de queijas
31 de Março;
17.00 da tarde e alergia
31 de Março;
21.30 da noite, alergia e cuzcuz
31 de Março;
23.00 alergia e star wars
32 de Março;
02.00 da noite, alergia e uma cerveja para o Nuninho.
domingo, 29 de março de 2009
sexta-feira, 27 de março de 2009
sexta-feira, 20 de março de 2009
não ter nada, nem nada
a rapidez como o não ter pasta de dentes nem pente
ganhou pernas torneadas, braços musculados, abdómen definido
e me deu uma carga de porrada bem merecida,
foi impressionante.
não tens na da nem na da pa ra me dar! - gritou compassadamente enquanto dava os últimos pontapés na cabeça.
a rapidez como o não ter pasta de dentes nem pente
ganhou pernas torneadas, braços musculados, abdómen definido
e me deu uma carga de porrada bem merecida,
foi impressionante.
não tens na da nem na da pa ra me dar! - gritou compassadamente enquanto dava os últimos pontapés na cabeça.
sexta-feira, 13 de março de 2009
quinta-feira, 12 de março de 2009
Magyar Posta
com cabeça à banda e barba cinzenta
tem um ar de Mário naquele sorriso matinal autista ébrio de amor.
todas as manhãs dá as suas voltas naquele fragmento de jardim.
o espaço é sempre o mesmo; o fragmento de, o todo para ele.
toma-o como seu e consequentemente seguro, sorri.
As voltas que nele dá são elipses infinitas paralelas a "pi"
e o que para mim é antagónico de liberdade,
para ele; outra elipse livre no seu todo.
hoje sento-me num banco de um volvo para 36 pessoas sentadas e 22 de pé,
sou antípoda a ele, um irmão homologo quimicamente,
li demasiado Darwin.
mas sinto saudades.
com cabeça à banda e barba cinzenta
tem um ar de Mário naquele sorriso matinal autista ébrio de amor.
todas as manhãs dá as suas voltas naquele fragmento de jardim.
o espaço é sempre o mesmo; o fragmento de, o todo para ele.
toma-o como seu e consequentemente seguro, sorri.
As voltas que nele dá são elipses infinitas paralelas a "pi"
e o que para mim é antagónico de liberdade,
para ele; outra elipse livre no seu todo.
hoje sento-me num banco de um volvo para 36 pessoas sentadas e 22 de pé,
sou antípoda a ele, um irmão homologo quimicamente,
li demasiado Darwin.
mas sinto saudades.
terça-feira, 10 de março de 2009
sexta-feira, 6 de março de 2009
o flamingo que não sabe andar de barco
Ela, tinha um vestido beringela a condizer com as bochechas, e estes dois juntos, formavam o par mais bonito que ele seguramente já tinha visto. Pois então, seguro de si e do seu casaco preto aproximou-se dela, e num soluço, convidou-a para dançar. Um convite feito na imediata esperança que ela dissesse logo ali que não, que não era a cena dela, que ele não se devia deixar enganar pelas bochechas ou levar pelo vestido, pois o que ela gostava mesmo era de jogar básquete. Mas ela disse que sim, e ele, culpou o casaco, e não voltou atrás.
Sem saber como começar ele inclina-se para o ouvido dela e diz, que na verdade ele é só casaco, que não sabe mesmo dançar, ao que ela lhe responde com um sorriso de quem já o tinha topado à distancia, que o importante é uma mulher com passado um homem com futuro e o espaço entre eles, e começava-se a ouvir em crescendo, páparápará pá páparápará pá, e os ombros começam a mexer, páparápará pá, e o pescoço, páparápará rá, e a cabeça, páparápará pá, enlaçasse uma mão na cintura e pá pá pá pá párará rá, e repete o refrão, páparápará pá páparápará pá, e os ombros continuam a mexer, páparápará pá, e o pescoço e a cabeça, páparápará pá, dá-se um nó entre dedos, e pá pá pá pá párará rá, e ele atira um pé para a frente, páparápará pá, atira o mesmo para trás, páparápará pá, o outro para a frente, dois passos para a direita, um passo para trás, páparápará pá, e ele a entusiasmar-se, pá pá pá pá párará rá, e ela a deixar-se levar, pá pá pá pá párará rá, e ele já inventa passos maiores que a perna, páparápará pá, um passo para a frente, páparápará pá, dois para trás, páparápará pá, avança para a direita, recua para a esquerda, roda, ombro, pescoço, mão, dedos, ele dança tudo o que não sabe, e ela deixa-se levar, páparápará rá, e passo para a frente e passo para trás, para ele; eles já dançam, para ela; estão prontos para dançar, e aí, ele mistura os passos e as mãos e os ombros troca as pernas com os dedos com o pescoço qual esquerda qual direita e quando vai a cair segura-se instintivamente no vestido dela e, pá pá pá pá pará pchhh, ele de beringela a olhar para ela do chão, e ela coberta de vermelho, e olham um para o outro, sem saber o que fazer, pois ambos sabiam o que dizer, deviam apostar no básquete, mas ninguém diz.
Ela, tinha um vestido beringela a condizer com as bochechas, e estes dois juntos, formavam o par mais bonito que ele seguramente já tinha visto. Pois então, seguro de si e do seu casaco preto aproximou-se dela, e num soluço, convidou-a para dançar. Um convite feito na imediata esperança que ela dissesse logo ali que não, que não era a cena dela, que ele não se devia deixar enganar pelas bochechas ou levar pelo vestido, pois o que ela gostava mesmo era de jogar básquete. Mas ela disse que sim, e ele, culpou o casaco, e não voltou atrás.
Sem saber como começar ele inclina-se para o ouvido dela e diz, que na verdade ele é só casaco, que não sabe mesmo dançar, ao que ela lhe responde com um sorriso de quem já o tinha topado à distancia, que o importante é uma mulher com passado um homem com futuro e o espaço entre eles, e começava-se a ouvir em crescendo, páparápará pá páparápará pá, e os ombros começam a mexer, páparápará pá, e o pescoço, páparápará rá, e a cabeça, páparápará pá, enlaçasse uma mão na cintura e pá pá pá pá párará rá, e repete o refrão, páparápará pá páparápará pá, e os ombros continuam a mexer, páparápará pá, e o pescoço e a cabeça, páparápará pá, dá-se um nó entre dedos, e pá pá pá pá párará rá, e ele atira um pé para a frente, páparápará pá, atira o mesmo para trás, páparápará pá, o outro para a frente, dois passos para a direita, um passo para trás, páparápará pá, e ele a entusiasmar-se, pá pá pá pá párará rá, e ela a deixar-se levar, pá pá pá pá párará rá, e ele já inventa passos maiores que a perna, páparápará pá, um passo para a frente, páparápará pá, dois para trás, páparápará pá, avança para a direita, recua para a esquerda, roda, ombro, pescoço, mão, dedos, ele dança tudo o que não sabe, e ela deixa-se levar, páparápará rá, e passo para a frente e passo para trás, para ele; eles já dançam, para ela; estão prontos para dançar, e aí, ele mistura os passos e as mãos e os ombros troca as pernas com os dedos com o pescoço qual esquerda qual direita e quando vai a cair segura-se instintivamente no vestido dela e, pá pá pá pá pará pchhh, ele de beringela a olhar para ela do chão, e ela coberta de vermelho, e olham um para o outro, sem saber o que fazer, pois ambos sabiam o que dizer, deviam apostar no básquete, mas ninguém diz.
quarta-feira, 4 de março de 2009
terça-feira, 3 de março de 2009
segunda-feira, 2 de março de 2009
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Colado no céu da boca
Sempre
Iremos sempre mais longe sem darmos um passo
E de planeta em planeta
De nebulosa em nebulosa
O D. Juan dos mil e três cometas
Mesmo sem se mover da terra
Procura as novas forças
E toma a sério os fantasmas
Esquecem-se tantos universos
Quem são os grandes desmemoriados
Quem pois saberá fazer-nos esquecer esta ou
aquela parte do mundo
Onde está o Cristóvão Colombo a quem se deve
o olvido de um continente
Perder
Mas perder como não há memória
Para dar lugar à descoberta
Perder
A vida para reencontrar a vitória
guillaume apollinaire em O século das nuvens
Sempre
Iremos sempre mais longe sem darmos um passo
E de planeta em planeta
De nebulosa em nebulosa
O D. Juan dos mil e três cometas
Mesmo sem se mover da terra
Procura as novas forças
E toma a sério os fantasmas
Esquecem-se tantos universos
Quem são os grandes desmemoriados
Quem pois saberá fazer-nos esquecer esta ou
aquela parte do mundo
Onde está o Cristóvão Colombo a quem se deve
o olvido de um continente
Perder
Mas perder como não há memória
Para dar lugar à descoberta
Perder
A vida para reencontrar a vitória
guillaume apollinaire em O século das nuvens
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
gato-sapato
iam os dois; o indicado pelo seu amigo, e quem seu amigo é.
quando chegaram; para o que iam, apresentou-se; olhos verdes, rasgados e fato preto.
abriu-lhes a mesa;
"Time is running out for us"
apercebendo-se de, para o que ia, o indicado; nada timorato, recusou. qual despir seu andar cerrado, qual sapato, qual quê. nada importuno pois; quem seu amigo é, conhecia para o que ia, e lá foi, vaidoso de gato, com um belo pé enfiado no cu.
iam os dois; o indicado pelo seu amigo, e quem seu amigo é.
quando chegaram; para o que iam, apresentou-se; olhos verdes, rasgados e fato preto.
abriu-lhes a mesa;
"Time is running out for us"
apercebendo-se de, para o que ia, o indicado; nada timorato, recusou. qual despir seu andar cerrado, qual sapato, qual quê. nada importuno pois; quem seu amigo é, conhecia para o que ia, e lá foi, vaidoso de gato, com um belo pé enfiado no cu.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Lynching
em minha defesa apelo;
defeito como feitio, e que, por certo, feitio por defeito não é defeito.
O juiz declara-me;
amiúde
a sentença; verter a água que preenche parcialmente um balde preto para um outro igual mas, por sua vez, vazio, de modo a que, este último, por defeito, fique (por sua vez) parcialmente cheio. Quando este, assim o ficar, repetir o acto para o que entretanto, por defeito, ficou vazio. Repetidamente, metodicamente.
em minha defesa apelo;
defeito como feitio, e que, por certo, feitio por defeito não é defeito.
O juiz declara-me;
amiúde
a sentença; verter a água que preenche parcialmente um balde preto para um outro igual mas, por sua vez, vazio, de modo a que, este último, por defeito, fique (por sua vez) parcialmente cheio. Quando este, assim o ficar, repetir o acto para o que entretanto, por defeito, ficou vazio. Repetidamente, metodicamente.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Fénix
Percorres-me o rosto sem te importares com as curvas que te imponho, danças ao seu sabor, transparentemente segura de ti, de ti despreocupada. Descalças-te, comes-me as feições, tornas a minha pele veludo, veludo vermelho, e ardes-me os segredos. Com eles danças, rodopias, danças, rodopias, até que extenuada cais nos meus lábios, e eu amparo-te, sabes-me a mar, e nasces-me de novo.
Percorres-me o rosto sem te importares com as curvas que te imponho, danças ao seu sabor, transparentemente segura de ti, de ti despreocupada. Descalças-te, comes-me as feições, tornas a minha pele veludo, veludo vermelho, e ardes-me os segredos. Com eles danças, rodopias, danças, rodopias, até que extenuada cais nos meus lábios, e eu amparo-te, sabes-me a mar, e nasces-me de novo.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
To robe or not to robe
Um homem solteiro, que viva sozinho num espaço seu, pode fazer muita coisa. Aí não tenho qualquer dúvida. Mas será que pode comprar um Robe?
Pressuponho que a policia dos robes (presidida por Sir. HEFNER, Hugh) tem multas pesadas para esse tipo de contra-ordenação, e eu já tenho multas que me cheguem.
Ahh que se dane! até pode ser que em azul cueca não seja muito grave.
Um homem solteiro, que viva sozinho num espaço seu, pode fazer muita coisa. Aí não tenho qualquer dúvida. Mas será que pode comprar um Robe?
Pressuponho que a policia dos robes (presidida por Sir. HEFNER, Hugh) tem multas pesadas para esse tipo de contra-ordenação, e eu já tenho multas que me cheguem.
Ahh que se dane! até pode ser que em azul cueca não seja muito grave.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
fiu fiu ou bich bich
Ontem enquanto andava por aí, perdido entre passeios e varandas, conheci um jovem casal de gatos. Ele preto e pintor, ela branca e doméstica, Goya e Ivites, falavam descontraidamente partilhando aquele pequeno parapeito da janela de fundo azul. Goya aborda-me gentilmente, "Sabe, ando preocupado, tenho uma filha assim pela sua idade, e no outro dia, estava a comer borboletas para as flores que tem na barriga", "ela estava era a comer flores para as borboletas que tem na barriga", corrige Ivites, "tu és pior que ela. Ainda compactuas com as maluquices daquela rapariga.", suspirou Goya, "ela já tem idade para miar mais e falar menos, mas para ti será sempre pequenina", Ivites, abana os ombros como só uma mãe sabe fazer em resposta a um pai, e desvia o olhar para se entreter com um novelo qualquer. "O Rato anda a cansá-la sabe, acho que ela não se anda a alimentar muito bem", diz-me Goya, "ela sabe tratar de si, e não vês o quanto anda feliz? Vá, não sejas pai galinha.", diz Ivites.
Aquele sítio cheirava-me a café, e eu, fui-me deixando ficar, não resistindo ao aroma da conversa. O dia foi adormecendo mesmo à minha frente, mas o cheiro a café foi-se mantendo, e eu, ficando, preso, naquele simpático jovem casal de gatos, e às suas histórias de uma filha pequena, à qual ainda não sabia a cor. Goya interrompe a nossa conversa sobre uma qualquer actriz morena sensual para me dizer, "olhe. aí vem a minha pequenina", foi aí que vi alguém aparecer do escuro, realmente pequenina, mas com 15quilos de amor para lhes dar, vinha entretida, e entre uma qualquer canção num inglês aprendido a passar a ferro, e uma valsa de baile social, nem me viu. "Qual é a tua cor?", perguntei.
Ontem enquanto andava por aí, perdido entre passeios e varandas, conheci um jovem casal de gatos. Ele preto e pintor, ela branca e doméstica, Goya e Ivites, falavam descontraidamente partilhando aquele pequeno parapeito da janela de fundo azul. Goya aborda-me gentilmente, "Sabe, ando preocupado, tenho uma filha assim pela sua idade, e no outro dia, estava a comer borboletas para as flores que tem na barriga", "ela estava era a comer flores para as borboletas que tem na barriga", corrige Ivites, "tu és pior que ela. Ainda compactuas com as maluquices daquela rapariga.", suspirou Goya, "ela já tem idade para miar mais e falar menos, mas para ti será sempre pequenina", Ivites, abana os ombros como só uma mãe sabe fazer em resposta a um pai, e desvia o olhar para se entreter com um novelo qualquer. "O Rato anda a cansá-la sabe, acho que ela não se anda a alimentar muito bem", diz-me Goya, "ela sabe tratar de si, e não vês o quanto anda feliz? Vá, não sejas pai galinha.", diz Ivites.
Aquele sítio cheirava-me a café, e eu, fui-me deixando ficar, não resistindo ao aroma da conversa. O dia foi adormecendo mesmo à minha frente, mas o cheiro a café foi-se mantendo, e eu, ficando, preso, naquele simpático jovem casal de gatos, e às suas histórias de uma filha pequena, à qual ainda não sabia a cor. Goya interrompe a nossa conversa sobre uma qualquer actriz morena sensual para me dizer, "olhe. aí vem a minha pequenina", foi aí que vi alguém aparecer do escuro, realmente pequenina, mas com 15quilos de amor para lhes dar, vinha entretida, e entre uma qualquer canção num inglês aprendido a passar a ferro, e uma valsa de baile social, nem me viu. "Qual é a tua cor?", perguntei.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
de manhã faz-se silêncio de 5 em 5 minutos
gosto desta St. Matthews Street,
a vista é bonita daqui,
o rio
o rio, o céu
o rio, o céu, o mar
sei lá, podia estar aqui horas,
juro.
e pela segunda vez, uma rapariga que eu não conheço de lado algum,
sussurra-me ao ouvido
"this i know
she doesn't love you like i do
yes it's clear
she'll never love you like me"
preciso de:
opção 1. um café duplo,
de vestir o meu casaco de cabedal,
e de virar a gola para cima.
ou,
opção 2. dormir 8 horas.
mas amanhã penso nisso.
gosto desta St. Matthews Street,
a vista é bonita daqui,
o rio
o rio, o céu
o rio, o céu, o mar
sei lá, podia estar aqui horas,
juro.
e pela segunda vez, uma rapariga que eu não conheço de lado algum,
sussurra-me ao ouvido
"this i know
she doesn't love you like i do
yes it's clear
she'll never love you like me"
preciso de:
opção 1. um café duplo,
de vestir o meu casaco de cabedal,
e de virar a gola para cima.
ou,
opção 2. dormir 8 horas.
mas amanhã penso nisso.
sábado, 3 de janeiro de 2009
fantástico
Não sei como terminou. Só de pensar o quanto terminal é essa palavra fecho os olhos com muita força. Porque assim o vi em filmes, e noutros filmes, que quando não queremos uma coisa, basta fechar os olhos com muita força e ela vai embora, como quem não gosta de ser ignorada, altiva, vira a cara em "pffs" e vai-se embora, em bateres de pé. Mas não me interessa. Eu não oiço nada. Não oiço nada do que terminou. Não sei mesmo como terminou. Mas terminou comigo a saber como. Terminou. Como eu queria. E acabei por não saber como. Como queria. E começou de novo, como tudo o que tendencialmente acaba. No inicio, como tudo o que inevitavelmente começa. Começou em mim, com vocês, ou em vocês, comigo. Começou em muitos lados, mas todos no mesmo sitio, aqui.
humm
humm
humm
humm
Não sei como terminou. Só de pensar o quanto terminal é essa palavra fecho os olhos com muita força. Porque assim o vi em filmes, e noutros filmes, que quando não queremos uma coisa, basta fechar os olhos com muita força e ela vai embora, como quem não gosta de ser ignorada, altiva, vira a cara em "pffs" e vai-se embora, em bateres de pé. Mas não me interessa. Eu não oiço nada. Não oiço nada do que terminou. Não sei mesmo como terminou. Mas terminou comigo a saber como. Terminou. Como eu queria. E acabei por não saber como. Como queria. E começou de novo, como tudo o que tendencialmente acaba. No inicio, como tudo o que inevitavelmente começa. Começou em mim, com vocês, ou em vocês, comigo. Começou em muitos lados, mas todos no mesmo sitio, aqui.
humm
humm
humm
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