quinta-feira, 12 de março de 2009

Magyar Posta

com cabeça à banda e barba cinzenta
tem um ar de Mário naquele sorriso matinal autista ébrio de amor.
todas as manhãs dá as suas voltas naquele fragmento de jardim.
o espaço é sempre o mesmo; o fragmento de, o todo para ele.
toma-o como seu e consequentemente seguro, sorri.
As voltas que nele dá são elipses infinitas paralelas a "pi"

e o que para mim é antagónico de liberdade,
para ele; outra elipse livre no seu todo.
hoje sento-me num banco de um volvo para 36 pessoas sentadas e 22 de pé,

sou antípoda a ele, um irmão homologo quimicamente,
li demasiado Darwin.
mas sinto saudades.

1 comentário:

Catarina Barros disse...

percebes o que eu digo?! pobres leitores*