segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Colado no céu da boca

Sempre
Iremos sempre mais longe sem darmos um passo

E de planeta em planeta
De nebulosa em nebulosa
O D. Juan dos mil e três cometas
Mesmo sem se mover da terra
Procura as novas forças
E toma a sério os fantasmas

Esquecem-se tantos universos
Quem são os grandes desmemoriados
Quem pois saberá fazer-nos esquecer esta ou
aquela parte do mundo
Onde está o Cristóvão Colombo a quem se deve
o olvido de um continente

Perder
Mas perder como não há memória
Para dar lugar à descoberta
Perder
A vida para reencontrar a vitória

guillaume apollinaire em O século das nuvens

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