quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

pareçe mesmo o saco do pai natal

Acordo, ensopado em linhas e bocados de linhas daqueles que acabam em nós cegos resolvidos com os dentes como solução. Secalhar por isso é que estou ensopado, sempre fui pouco gracioso a passar as linhas pela boca, nunca percebi muito bem o que é "o ligeiro humedecer". Meto as mãos ao peito, mas não procuro o coração, esse ganhou asas faz tempo, e pelo que ouvi dizer, foi visto a tomar o pequeno almoço por aí, dividido entre pétalas brancas com leite magro e um pão de sementes com queijo fresco, procuro o bolso da minha camisa, pois foi nele que adormeci antes de anoiteçer. Quando meti mãos à obra, não sei bem, talvez por ser tão irreflectido não tencionava acordar, mas agora que vejo, ficou com os melhores pontos que sei, bem rematado e estranhamente vermelho, pareçe que cabe o mundo inteiro. Espera, afinal, agora que olho bem, axo que só cabes lá tu, e eu.

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