domingo, 21 de dezembro de 2008

o primeiro dia

Antes de adormecer, revejo a matéria. São cadernos, papéis, papelinhos, rasgados, folhas soltas, coisas e coisas que se transformaram em confusão. Reparo que estou nervoso, preciso de organizar, arquivar, colocar em mica o mais importante, sublinhar com marcadores de cores bonitas e menos bonitas, arquivar mais, colocar noutras capas coloridas, pretas, brancas, sublinhar.
Mas porquê se nunca o fiz.
Aliás nunca gostei, nunca quis. Hoje também não o farei.
Afinal, é só mais um teste.
Tomo os meus apontamentos, que desta vez não serão cábulas, escrevo em papel de manteiga para os comer. "o que sei realmente não vou esquecer" digo-me orgulhosamente. Escrevo, 2, 3, e adormeço em mim.

hoje acordo como se nascesse de novo, tenho ecos de sorrisos, de pessoas que ainda não sei bem o que serão para mim, sei que me fazem sorrir, aquele sorriso de criança, tão puro. Azul

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